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Em entrevista concedida nessa quinta-feira (23), o presidente estadual do PT, Antônio Filho (Conin), comentou a possibilidade de filiação do senador Cid Gomes ao partido. De acordo com Conin, caso o político de fato deseje desembarcar no PT será algo salutar e importante para a legenda. Contudo, o dirigente petista reconheceu que existem muitas dificuldades em torno da filiação de Gomes.
Ao listar os problemas, Conin se debruçou em especial sobre o desejo do grupo de migrar conjuntamente para uma mesma legenda, o que não seria viável para o PT. Antônio Filho detalhou que o grupo liderado por Cid e o PT já estão alinhados em 43 cidades, porém, nos demais municípios há divisão, portanto, a entrada do grupo do senador significaria a saída de membros hoje filiados ao petismo.
“Não temos como comportar todo o grupo, são 43 prefeitos, além de 15 deputados, isso tem repercussão em situações locais e regionais. Algumas [lideranças] têm alinhamento, não é dificuldade, mas outras têm contenciosos políticos com lideranças que estão no grupo do senador, então não é uma equação simples, talvez aí seja o gargalo”, disse o presidente do PT Ceará em entrevista ao portal Diário do Nordeste.
Conin explicou que essa questão não leva nenhum tensionamento ao alinhamento em nível estadual, contudo, reafirmou que não existe hoje espaço no Partido dos Trabalhadores para receber todos os dissidentes do PDT.
Cid Gomes vem travando uma longa batalha com o PDT, envolvendo o partido em de suas maiores crises. Com a legenda dividida, Cid Gomes já se prepara para deixar a legenda há algum tempo, porém, a costura em torno de qual seria o destino tem levado mais tempo do que o planejado, prioritariamente pelo desejo do migrar majoritariamente para uma mesma agremiação.
Diário do Nordeste
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