A Arena Castelão, em Fortaleza, e o Estádio Romeirão, em Juazeiro do Norte, vão contar com biometria facial até 25 de junho de 2025. A Secretaria de Esportes confirmou a instalação do equipamento em reunião realizada com as Promotorias de Justiça de Fortaleza, na semana passada. O uso da tecnologia faz parte do projeto "Estádio Seguro", do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que também enviou representantes para o encontro.
Os representantes do MJSP detalharam a experiência da implantação do projeto em Brasília e ressaltaram a importância da integração de informações entre todos os órgãos da Segurança Pública. O Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (Nudtor), do Ministério Público do Ceará (MPCE), vem atuando para que a biometria facial seja implantada na entrada dos estádios com capacidade para mais de 20 mil pessoas, respeitando a determinação da Lei Geral do Esporte.
“Com o projeto ‘Estádio Seguro’, o torcedor, ao comprar seu ingresso, estará habilitado a entrar no estádio somente por meio do reconhecimento facial. Com isso, esperamos que a prática de cambismo acabe, já que cada ingresso será vinculado ao CPF e à uma fotografia de rosto do torcedor. Assim, aquele que estiver afastado do estádio por mal comportamento sequer conseguirá comprar o ingresso. Dessa forma, a expectativa é que finalmente tenhamos o controle absoluto do acesso e identificação pessoal desses criminosos”, destacou o coordenador do Nudtor, Edvando França.
"Estado e Município têm responsabilidade em acelerar os trâmites burocráticos e técnicos para entregar a população tão grande benefício, já que, após o prazo final (25 de junho de 2025), as praças esportivas poderão não ser utilizadas se não tiver sido implantada a biometria facial”, completou o promotor.
Entre os temas discutidos no encontro, foi a necessidade dos clubes de futebol aderirem ao Acordo de Cooperação que criou o projeto "Estádio Seguro”, do qual fazem parte o MJSP, o Ministério do Esporte (MEsp) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF); as restrições de pesquisa do Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP); e a necessidade da criação de uma sala de checagem de informações nos estádios.
Diário do Nordeste
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