O impacto do _home office_ na saúde mental.



                             Modalidade de trabalho remoto trouxe benefícios para a produtividade, mas os períodos de isolamento podem pôr em risco a saúde psicológica

A pandemia do COVID-19 trouxe à tona impactos econômicos e mudanças comportamentais que persistem até os dias atuais. Um exemplo é a possibilidade do trabalho remoto, que, apesar de existir há muito tempo, ganhou força durante o período da quarentena. Com isso, o mercado de trabalho incorporou esse modelo ao seu ambiente organizacional, permitindo um grande avanço nas oportunidades e vagas de emprego, com horários mais flexíveis e redução de custos com transporte.   

No entanto, apesar de se sentirem mais produtivos, os colaboradores que aderem ao home office tendem a trabalhar mais, incluindo turnos extras. De acordo com Roberta Ferreira, coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Juazeiro do Norte, essa prática influencia negativamente na saúde mental do profissional.  

“Muitas pessoas, por estarem em casa, acabam extrapolando o limite de trabalho ou esquecendo o horário de almoço, por exemplo. Isso gera consequências a longo prazo. Além da desorganização da rotina e do cansaço, há o desgaste social, psicológico e físico”, comenta.   

Além disso, a ausência da interação social no local de trabalho pode aumentar sintomas de ansiedade e estresse, assim como cobrança e sensação de distanciamento de seus supervisores. Segundo Roberta, uma medida para amenizar os impactos do isolamento no trabalho remoto é ter consciência dos seus limites e da sua rotina, observando indícios de afastamento das atividades sociais.  

“O home office tem suas vantagens, mas, se não souber como gerenciá-lo, a pessoa pode se isolar em uma bolha e diminuir cada vez mais os contatos sociais. Isso pode resultar em alguma consequência a longo prazo”, afirma Roberta.

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