. Carlos nasceu em Inhumas, distrito do município de Santana do Cariri. Ele conta que sempre esteve muito ligado à religiosidade. “Cresci fazendo trilhas e acompanhando romarias. Lembro que desde criança tinha fascínio pelo nosso Museu de Paleontologia, e foi assim, dentro desse universo, que fui entendendo que eu era um artesão, via a pedra cariri e só pensava na riqueza que tinha naquele material.
Aquilo tudo foi me instigando a produzir artesanato a partir dos resíduos da pedra cariri, foi a forma que encontrei de contar sobre a história do nosso povo”, reforça o artesão, que no início produzia chaveiros, saboneteiras e luminárias com resíduos das pedras cariris.
Lembro que desde criança tinha fascínio pelo nosso Museu de Paleontologia, e foi assim, dentro desse universo, que fui entendendo que eu era um artesão, via a pedra cariri e só pensava na riqueza que tinha naquele material. Aquilo tudo foi me instigando a produzir artesanato a partir dos resíduos da pedra cariri, foi a forma que encontrei de contar sobre a história do nosso povo”, reforça o artesão, que no início produzia chaveiros, saboneteiras e luminárias com resíduos das pedras cariris.
“Hoje em dia produzo porta-retratos, quadros com imagens de dinossauros, de libélulas, que são os mais procurados, atualmente. Nos meus artesanatos, faço uso do calcário, que tem uma cor simbólica da nossa terra, dos fósseis encontrados aqui, e que trazem uma reflexão importante sobre a vida, os antepassados, os animais, pequenas e grandes criaturas”, reflete Carlos.
O artesão se capacitou e hoje trabalha também como guia receptivo do município de Santana do Cariri, ele apresenta toda a área do geoparque do Araripe para grupos que visitam o local. “Sou muito realizado de diversas formas, primeiro como artesão, porque depois que entrei em contato com a Central de Artesanato do Ceará (Ceart) entendi a potência do meu trabalho e pude aprimorar as formas de comercialização do meu produto. Aprendi nas oficinas da Ceart que posso sonhar grande e realizar meus projetos”, conta Carlos, que idealizou e criou o Memorial Beata Benigna. Desde então, é presidente da Associação Memorial Beata Benigna.
“Meu plano é criar, ao lado do memorial, um espaço recreativo para as crianças vulneráveis daqui da nossa região, e com isto, gerar lazer e renda para manter o memorial”, complementa o artesão.
A secretária titular da Proteção Social, Onélia Santana, destaca que o trabalho de Carlos tem muita importância porque mantém viva a história do Cariri e valoriza um material que seria desperdiçado. “Carlos é um artesão singular, comprometido com a história do povo de Santana do Cariri e que ama a natureza, os animais e tudo que tem de bom nessa região.
A CeArt foi criada para apoiar e fomentar justamente o trabalho de artesãos como ele, que criam, inovam e valorizam materiais que temos no nosso estado. Carlos é com certeza um artesão que atua como agente transformador do seu entorno, porque acredita, assim como nós, que o acesso à cultura, educação, lazer e arte transforma as pessoas”, ressalta.
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