As peças são confeccionadas manualmente, há um processo bem demorado e rico em detalhes, até a transformação de um simples pedaço de tubo de PVC em arte. Os cortes e entalhes são precisos e logo dão forma à bonitas luminárias. Fábio Gomes, começou a desenvolver esse trabalho por curiosidade. “Vi meu cunhado brincando com uma mini retifica fazendo uns cortes na madeira, mexendo, depois ele fez uma luminária em cano de PVC que viu na internet. Eu coloquei aquilo na minha cabeça e disse que ia fazer, e fiz uma. A primeira ficou mais ou menos, fiz a segunda e aí foi…”, ressaltou o artesão que passou a fazer as luminárias e comercializar os produtos, transformando aquela curiosidade em renda.
Com a aceitação das peças, Fábio conseguiu os primeiros ganhos, o dinheiro, investiu em maquinários, acessórios e outros equipamentos para melhorar o trabalho. “A gente vai fazendo, pegando o jeito. E hoje, estou assim, fazendo essa arte. Além das luminárias passei também a fazer outras coisas. Conserto sapatos, trabalho também com marcenaria. E hoje estou fazendo bem feito, ainda não estar na perfeição que eu quero, sempre busco isso, para atender melhor os clientes.”, disse.
A matéria-prima além de comprar cano PVC, o objeto leva também a parte elétrica e o plaflon que é colocada à luzL. “As pessoas procuram muitas peças religiosas, de time, faço também personalizadas, a pessoa traz a foto impressa, ela é passada para o cano e realizamos o trabalho.” complementou ressaltando ainda que diz não ser um artesão. “Eu não me sinto um artista, mas muita gente fala que sou um artista, que esse meu trabalho é arte. Muita gente me elogia, parabeniza. Faço outro trabalho também como barman, além do entalhe e esculturas em frutas e legumes, para festa de casamento, batizado, aniversários, confraternização.”
Segundo Fábio, através desse trabalho tem conseguido uma renda para ajudar a manter a família. “Hoje, consigo desenvolver essa arte que é uma renda pra gente, eu não posso trabalhar em firma, carteira assinada por que tenho um problema de saúde, infelizmente, mas Deus me deu esse dom, e através das vendas das peças, ajudam no sustento de casa.”, contou Fábio ressaltando ainda que sempre foi uma pessoa curiosa, gosta de mexer, inventar, melhorar o que se dispõe a fazer. “Sempre quando vejo alguma coisa que me desperta o interesse, eu vou tentar fazer e acaba dando certo. Mexo também com couro. Essa minha oficina não é só de cano PVC, aqui a gente faz um pouco de tudo, várias coisas, vários tipos de artes e serviços”, pondera.
O valor da peça varia de acordo com o tempo e trabalho de entalhe. Ele sempre tem algumas em estoque principalmente de temas religiosos. Mas, grande parte das vendas são por encomendas. Com o aumento da demanda, Fábio abriu uma oficina para a produção de artesanato e outros serviços que também realiza. “Muita gente compra para presentear, para decorar quarto, uma sala. São presentes criativos e ao gosto do cliente.
As peças são expostas nas redes sociais e também na feirinha da Economia Criativa, na Praça da Bandeira. As pessoas interessadas em conhecer mais sobre o trabalho do Fábio, basta seguir o perfil no instagram: fg_luminárias.
Jornal a Praça
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