A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado, 14, o ex-ministro Walter Souza Braga Netto na esteira de investigações de um esquema golpista para reverter o resultado das eleições de 2022. Ele foi preso no Rio de Janeiro.
Braga Netto foi candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente e então candidato Jair Bolsonaro (PL). Ele é general da reserva do Exército e foi um dos indiciados pela PF por tentativa de golpe de Estado. Buscas são realizadas na residência do ex-ministro e militar.
Os mandados judiciais cumpridos neste sábado foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A PF informou que estão sendo cumpridos "um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal".
Braga Netto é natural de Belo Horizonte (MG), tem 67 anos e formação pela Academia Militar das Agulhas Negras e ocupou funções de destaque nas Forças Armadas. Em 2018, ganhou projeção ao ser nomeado interventor da Segurança no Rio de Janeiro, na gestão Michel Temer (MDB). No período, ficou responsável pelo comando de polícias, dos Bombeiros e de outros agentes de segurança.
Politicamente, ganhou ainda mais holofotes durante a gestão Bolsonaro, onde era tido como um dos principais nomes da ala militar na articulação do governo. Braga Netto foi ministro da Casa Civil e ministro da Defesa no decorrer do governo Bolsonaro (2019-2022).
Nota da PF
"A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.
Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.
As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas".
o Povo
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